Uma por uma
ela se despiu de suas certezas
primeiro
passou os dedos finos e brancos pelos botões
que guardavam seus preconceitos
com uma perna diante da outra
caminhou em direção à água
tirou os cabelos da nuca delgada
e puxou o orgulho devagar
deixando-o cair de lado
depois foi a vez do sutiã do ego
estava de peito aberto
vulnerável
em seu suspiro
um turbilhão
de dor e desejo
até que num beijo
sossegou
uma lágrima de mel correu de seus olhos
e disse
não dá
meu erro foi te amar demais
e essa linha você não podia cruzar jamais
ainda te amo
se de meu eu não te chamo
é melhor eu ir
e se foi
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