quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Pequenez? anotada!
Mil vezes? Pelo menos. 


Toda verdade do mundo foi registrada?
Junto a toneladas de baboseiras!

Ainda assim precisamos inventar,
expressar, criar e compartilhar!

[...]

O silêncio será resposta
o esquecimento - consolo.

O mundo é a ilusão e a ilusão é a verdade. 
A loucura é o fim, o fim criador.

Zadig (segundo fragmento)

Durante a conversa, eles concordaram que as coisas deste mundo nem sempre eram do agrado dos mais sábios. O eremita insistiu que ninguém conhece os caminhos da Providência, e que os homens cometiam um erro ao julgar um todo do qual só percebiam uma pequena parte.
falaram das paixões.
-Ah, como são funestas! - disse Zadig.
-São os ventos que inflam as velas do barco - corrigiu o eremita. - Às vezes elas o submergem, mas sem elas o barco não poderia navegar.
A bile nos faz coléricos e doentes, mas sem a bile o homem não poderia viver. Tudo é perigoso neste mundo, e tudo é necessário.
Falaram do prazer, e o eremita provou que é um presente da Divindade.
- Pois o homem - disse - não pode se dar nem a sensação nem ideias, ele recebe tudo; a dor e o prazer lhe vêm de fora, como seu ser.

Zadig; Voltaire.