segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Nada

(Egon Schiele, A morte e a mulher, 1915)

Nada tenho a lhe oferecer.
Nenhum lar além do meu abraço acolhedor.
Nenhuma bebida além da luz dos meus olhos. 
Nenhum alimento senão o alento de minhas palavras. 

Não posso te aquecer, 
senão com o calor do meu corpo.
Não posso te sustentar, 
senão com meu sentimento mais profundo.
Não posso te encorajar,
senão a ser humilde e singela, 
vivendo como a grama sob nossos pés ou a borboleta sobre nossas cabeças.

Nada lhe darei,
além de meu amor, sincero e eterno.