quinta-feira, 14 de maio de 2009


O espaço cada vez menor enquanto cada vez maior até que enfim se foi a água e se fez a dor e da dor se fez o pranto e pronto o riso se fez se fez vivo e se soube sozinho e se tem incompleto através do espaço ficando cada vez maior e então por sua vez menor e menor e menor até o fim

Desse modo acaba como começou um ponto e então o nada veio de um lugar e foi para outro e jamais foi alguma coisa de si mesmo

Foi como esse espaço que não é espaço e não tem lugar foi como tudo mais ou todos os outros ou ninguém ou o nada foi um sonho uma ilusão um devaneio como a brisa fria no verão capixaba

Passou e passará como na verdade já está passando

5 comentários:

  1. é o paradoxo do crescimento em diminuição.

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  2. E crescer não é abrir mão de você mesmo e se integrar com uma coisa maior que poderia ser entendida como o Todo e dessa maneira ter cada vez menos de si mesmo?

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  3. É, meu caro amigo saltitante: enfim temos, a duras penas(por que é que tem que ser assim?), a (in)consciência de que só o instante existe, de que todo dia nascemos, morremos, renascemos outros. Isto não nos garante nada: nem alegria nem infelicidade. Apenas nos põe diretamente em contato com o movimento de que é feita a Vida (que carrega em si a Morte)...

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  4. - Conhecer-se é (tentar) ser Uno com o Universo, Gafanhoto.
    - E o que é o Universo?
    - É melhor perguntar o que não é o Universo...

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