quarta-feira, 20 de maio de 2009
E nessa estrada olho para todos os lados, mas não para trás, e quando viro a cabeça vejo negros mulatos índios senhoras e senhores mendigos e caminhoneiros caroneiros e albergues um trampo em troca de um rango de pão seco marmita de talheres de plástico na calçada vejo cores rendas músicas conversas vejo prédios antigos cheios de história vejo padres e mulheres de terno vejo crianças sujas de terra comendo chocolate e quando olho por cima disso tudo dou um sorriso vidrado imaginando que a estrada não tem fim e que não estar sozinho é bom mas que eu posso curtir e curtir será tudo! Olho por essas planícies vales morros e planaltos e todo o verde marrom e vermelho salpicado de cinza onde as pessoas se movem fervilhando fermentando ocupadas em suas próprias coisas como se fosse formigas ou bactérias e cada uma possuidora de uma mente iluminada brilhando como uma pequena lâmpada Vejo a terra selvagem se estendendo por toda américa do sul diante dos meus pés e tudo que eu preciso para deslizar entre isso tudo é colocar o pé na estrada.
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Isso é o que a mudança na vida causa. Isso é o que uma guinada de 180º causa...junto, claro, com a imaginação no poder. Isso descrito acima é uma experiência ouropretana. Conheça Ouro Preto, viva em Ouro Preto e você vai entender.
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