terça-feira, 23 de junho de 2009

Vem!

Aquele cheiro som imagem do teu corpo incendeia e um rio carregado de saudade vem correr na minha veia...

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Celso, o Pagão

"A raíz do cristianismo é sua excessiva valorização da alma humana, e a idéia absurda de que Deus se interessa pelo homem"

domingo, 31 de maio de 2009

Essências

A essência não é essa parte inalcançável do ser. Quase um mito ou uma obsessão? Quando nossas matérias se unem de modo sublime, quando nossos suspiros, olhares e toques, são mais do que a comunicação entre as essências, mas antes, uma verdadeira transcendência do Eu; Como expressar nos pobres símbolos dos homens esse sentimento?

Poderíamos recorrer à poesia, mas elas foram escritas por pessoas que não tinham alguém como nós temos um ao outro. Estamos unidos um ao outro como um poeta está unido apenas a sua arte. Poderíamos recorrer á matemática talvez, traçar uma cadeia infinita de fractais que descesse em espiral rumo à eternidade até tocar as profundezas da criação em busca de Deus. Talvez a matemática fosse mais apropriada para expressar a potência avassaladora desse nosso sentimento que empobrecemos ao chamar de amor.

O universo é como o sonho, mede exatamente o mesmo que nossos pensamentos. Um pensamento é capaz de se impor a realidade. Cristãos viram anjos e pagãos viram deuses indescritíveis. O que se vê, está preso pela linguagem pobre das imagens. Esta mensagem, ridiculamente complexa, é como o balbuciar de um recém nascido para expressar uma idéia ainda mais complexa, diante das limitações do homem. Muito mais me valeria, deitar e se enroscar com você, trocar calor. Por isso encerro, sem ter dito tudo e certamente sem me fazer entender. Se eu pudesse desejar alguma coisa no universo, desejaria você. Mas como sou o mais miserável dos homens, só posso me colocar diante de ti, e sussurrar, cheio de dor como quem se livra de uma parte da sua essência: “Eu te amo!”

sábado, 30 de maio de 2009

Matando o tempo?


Como diria a Lebre de Março:

"Se você conhecesse o tempo tão bem quanto eu conheço, não falaria dele como algo que pode ser morto!"
Amor só dura em liberdade
O ciúme é só vaidade

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Nós um.


Esses vales são o meu sol, este suspiro a minha música. Esse brilho é minha luz, esse calor é minha fornalha, esse sopro é meu alento. Esse colo é minha cama. Esses braços são meus limites. Esse amor é o meu passaporte. Para o futuro, para fora do tempo, para o infinito. Te Amo, quero estar e ser. Nós dois. Nós Um.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Imagine-se caminhando por um presépio feito com cuidado por um miniaturista, onde jesus renasce em cada esquina. Casinhas delicadas colorias em ruas de pedra, ninfetas mulatas de barro nas janelas, eiras e beiras estendidas sobre as ruelas a riqueza que não envelhece.

Filha do Ouro que criou para sí um relicário eterno encrustrado nas montanhas Delicado dourado sacro antigo

A música batucada, teatro mágico cordel e outros loucos escorrendo pelas ruas pulsando insanidade risos gragalhadas e dentes escancarados. Vinho luz dourada iluminando as pedras centenárias o prazer do homem milenar e mais antigo, sua loucura, sua boemia, no rítimo sem pressa da vida no interior da colônia, que perdeu a metrópole e segue desvairada sem rumo sem governo e sem nada.
Me vejo de costas para o mar penetrando o continente tropical e o interior desse mistério que anima move e comove tanta tanta gente as quais somos impassíveis inexistentes e desconhecidos

quarta-feira, 20 de maio de 2009

E nessa estrada olho para todos os lados, mas não para trás, e quando viro a cabeça vejo negros mulatos índios senhoras e senhores mendigos e caminhoneiros caroneiros e albergues um trampo em troca de um rango de pão seco marmita de talheres de plástico na calçada vejo cores rendas músicas conversas vejo prédios antigos cheios de história vejo padres e mulheres de terno vejo crianças sujas de terra comendo chocolate e quando olho por cima disso tudo dou um sorriso vidrado imaginando que a estrada não tem fim e que não estar sozinho é bom mas que eu posso curtir e curtir será tudo! Olho por essas planícies vales morros e planaltos e todo o verde marrom e vermelho salpicado de cinza onde as pessoas se movem fervilhando fermentando ocupadas em suas próprias coisas como se fosse formigas ou bactérias e cada uma possuidora de uma mente iluminada brilhando como uma pequena lâmpada Vejo a terra selvagem se estendendo por toda américa do sul diante dos meus pés e tudo que eu preciso para deslizar entre isso tudo é colocar o pé na estrada.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Hoje estou de mãos atadas e não apenas dadas, com todos os loucos e párias com todos os gênios vagabundos que levaram a vida com euforia num rítmo alucinante sem se importar com fazer grandes coisas como uma espécie de viri ilustri renegados irresponsáveis que se lançam para a vida com os peitos abertos e se perdem e exatamente por isso são mais viris e mais ilustres. Hoje me coloco diante da estrada da incerteza e da loucura que é a estrada da vida acompanhado numa procissão silenciosa de todos aqueles heremitas loucos e beberrões santos e vagabundos, eu estou com eles.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Absoluto Sublime Surreal

09/10/07

Tudo na minha vida é exatamente sobre isso. Pequenos execessos pequenas doses de realidade sorvidas com a estupefação de um recém nascido. minha vida tem sido como um mergulho profundo um vôo razante velocidade asfalto álcool fumaça unhas sangue leite porcelana brilho dos olhos azuis no fosco da meia luz


quinta-feira, 14 de maio de 2009


O espaço cada vez menor enquanto cada vez maior até que enfim se foi a água e se fez a dor e da dor se fez o pranto e pronto o riso se fez se fez vivo e se soube sozinho e se tem incompleto através do espaço ficando cada vez maior e então por sua vez menor e menor e menor até o fim

Desse modo acaba como começou um ponto e então o nada veio de um lugar e foi para outro e jamais foi alguma coisa de si mesmo

Foi como esse espaço que não é espaço e não tem lugar foi como tudo mais ou todos os outros ou ninguém ou o nada foi um sonho uma ilusão um devaneio como a brisa fria no verão capixaba

Passou e passará como na verdade já está passando