terça-feira, 21 de maio de 2019

Compondo a si mesmo como uma tragédia consumada

Eu, que não sou ninguém
Na realidade
Sou para mim mesmo, minha própria ficção poética
Essa alucinação é meu bote salva-vidas

Se vc ver esse sorriso forçado
Nos meus olhos cansados
Se eu silencio e me isolo
É porque estou mesmo
Exaurido

Meus olhos são um espelho
Do passado
Meus sonhos bons
são assombrados
Eu sou o menor ossinho
Na espinha dorsal do Ocidente
Eu quase não sou gente

Mas dentro de mim
Uma sinfonia poética
Arrebata
Minha filosofia é tão impopular, que só eu conheço.
E eu fico imaginando os livros que nunca escreverei
E fico imaginando poemas, que depois esqueço.

Essa câmara de eco, não sentirá falta deles.
Ninguém sentirá

Mas eu realmente acho, que destranquei algumas sabedorias
Como uma paródia de Sêneca
No boteco sozinho
Com Diógenes, Nietzsche e Bukowski

E eu realmente acho, que quem tem minha amizade e meu amor, tem sorte
Porque de certa forma, existe em mim um orgulho.

De eu ser esse cafona Byroniano
De eu ser esse Ulysses do século XXI
O último dos homens
A miséria da miséria
E ainda assim
Resistir
Com a cabeça mais pesada que o Everest
Mas erguida.

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