Carne feia
feia carne
me liberte
penso antes
mas percebo
a imaginação é
a carne
querendo libertar-se de si mesma.
o tempo que a mata aos poucos
anuncia sua morte definitiva
quando só poderei habitar
o sonho
dos outros.
o fim resume tudo
e não nos produz síntese
nem conselho
que nos mostre a saída
da finitude
que tudo finda.
enquanto isso
vivo
no suspiro interrompido
que respira outros mundos
esquecendo o fim
sem
jamais
adiá-lo.
arte é imaginar o infinito
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