segunda-feira, 29 de abril de 2013

Sob uma máscara de bela porcelana

O corpo que caminha trôpego não vacila no passo, nem mesmo perde o gingado.
A cabeça que gira não sai do lugar, não roda, não rodopia, nem vira cambalhota.
A lágrima que se acumula sob os olhos não brota, não rola, não cai nem chove.
O riso que está morto não aparece amarelo, não deixa de brilhar, nem de convencer.

agora

Quando a solidão me toca; meu corpo se contorce e enverga de dor
Quando o insolúvel me atinge; minha cabeça pende de um extremo ao outro, entre desesperos
Quando a noite invade; os dedos buscam o peito, tentando abrí-lo e expor o coração que já sangra.
Quando o silêncio se impõe; as lágrimas não são ouvidas mas se fazem sentir

A chuva lá fora não se compara a minha tormenta

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