“A verdade histórica, para ele, não é o que sucedeu; é o que pensamos que sucedeu.[...] Compreendeu que o empenho de modelar a matéria incoerente e vertiginosa de que se compõem os sonhos é o mais árduo que pode empreender um homem, ainda que penetre todos os enigmas da ordem superior e da inferior: muito mais árduo que tecer uma corda de areia ou amoedar o vento sem efígie. Compreendeu que um fracasso inicial era inevitável. [...] Talvez Schopenhauer tenha razão: eu sou os outros, qualquer homem é todos os homens [...]"
-Ficções, Borges.
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