nosso mantra
sobre coisas que não existem
Deus e o Amor
não são senão um choro do homem
de olhos fechados
com medo de tudo que existe
mentirinha gostosa
já na garganta do abismo
sexta-feira, 31 de março de 2017
Liberdade e libertinagem
Aqueles anjos
aqueles anjos eram de porcelana?
Eu sou um gigante
pisando as rosas do jardim
vilania!
mas eu também sangrei
O espelho me assustou
e caí
depois de tantos infinitos
na real
espatifado no chão
minha maldição
quanto sobe e desce
quanto sobe e desce
acho que não vou sossegar
vou só assim
sossobrar
e depois mergulhar
já falei
faz pelo menos uma década
do sabor da vertigem
mas o que é que resta
o que é que resta de mim?
Aqueles anjos de porcelana
diabrete leviana
já a santa de marfim
talvez não fosse mesmo pra mim
são também meus
esse impulsos nervosos naturais
mas te amar
é um mar
isso não significa
que não corram rios
e que os lagos não reflitam o sol
qual a solução
senão convulsionar
não tem idade
pra liberdade
diferente é gritar
ao invés de suspirar
mas eu também sou um covarde
e me escondi por trás da máscara
me assustei com o espelho
onde ir
onde pousar?
tanto mar
tanto mar
natural mesmo é ser nuvem
aqueles anjos eram de porcelana?
Eu sou um gigante
pisando as rosas do jardim
vilania!
mas eu também sangrei
O espelho me assustou
e caí
depois de tantos infinitos
na real
espatifado no chão
minha maldição
quanto sobe e desce
quanto sobe e desce
acho que não vou sossegar
vou só assim
sossobrar
e depois mergulhar
já falei
faz pelo menos uma década
do sabor da vertigem
mas o que é que resta
o que é que resta de mim?
Aqueles anjos de porcelana
diabrete leviana
já a santa de marfim
talvez não fosse mesmo pra mim
são também meus
esse impulsos nervosos naturais
mas te amar
é um mar
isso não significa
que não corram rios
e que os lagos não reflitam o sol
qual a solução
senão convulsionar
não tem idade
pra liberdade
diferente é gritar
ao invés de suspirar
mas eu também sou um covarde
e me escondi por trás da máscara
me assustei com o espelho
onde ir
onde pousar?
tanto mar
tanto mar
natural mesmo é ser nuvem
Ainda faltava eu te contar essa história
Ainda faltava eu te contar essa história. Porque não escrevemos (eu e eu mesmo) sempre? Talvez o seu volume luminoso, cavalgando meu céu em tamanho esplendor, tenha eclipsado minha inspiração. Quanta bobagem, não adianta ser pomposo. O que quero dizer é só que aquele sorriso doce e bobo, combinado com aquela assertividade... ah, saco, esse poema já virou texto.
Saía
sem ela
ah... mas tiveram aqueles caras esquisitos
I
Sim, especial
mas devagar
veio vindo
e foi mesmo lindo
e foi mesmo lindo
depois do beijo
a brisa fresca
da conversa no lago
o vexame no carro
foi um ataque
mas que contra-ataque!
apaixonei
De skate ela chegava
minha branquinha
e me namorava
a tarde inteirinha
na madrugada mergulhava
de noite
era só minha
E assim passou e veio a solidão morna
II
Longe, mais que longe, presa na janelinha
suspirávamos e chorávamos
e eu
demônio ou como tenho dito, sátiro
O que é o amor?
O que é o amor que me conquistou?
O que é o amor que já me visitou e me largou?
Quantas dores destroem um poeta
Quantas dores constroem um poeta
Não desvia
fala
Saía
Saía e vagava
vagabundava
mas suspirava e falava falava
e sim amava
demais até
demais até
mas pisei também uns corações
esperando a moça presa no torre
solidão seria a solução?
acho que sou o egoísta que mais se doa
é uma pena que a vida não perdoa
Até que um avião e um trem
solidão seria a solução?
acho que sou o egoísta que mais se doa
é uma pena que a vida não perdoa
Até que um avião e um trem
me levaram até ela
III
No velho mundo
aquele sentimento velho
que conhecemos num segundo
quando nos beijamos
hesitando de admiração e respeito
quanto carinho
que paixão
parecia que o céu tinha descido ao chão
O que trocamos
era eu
derretido
refeito
gravado a fogo
com seu nome
dizendo sim
dizendo sim por favor
dizendo sim
dizendo sim por favor
e na roda gigante? que frio!
aquele riso molhado
aquele grito
não abafado
um ano com dois verões
um ano inteiro
que só teve dez dias
mas dias que valeram
um ano inteiro
sem ela
IV
Um alienígena pousou no meu quintal
Só os bichos o amam
Os homens lhe encaram
não sabem o que dizer
deixe lá fora
segurando o buquê
olha que estranho
como eles são estranhos
isso não é normal
inaceitável!
ah... mas tiveram aqueles caras esquisitos
que ao invés de querer nos matar
diziam que devíamos é nos casar
eles sim
eles sim eram estranhos
o resto não
e eu fingia que era aquele ET manso
a liberdade é um sonho impossível
só nos resta olhar pela janela e sonhar
ser como aquela nuvem
deslizando no azul claro
também bebi neon
e me envenenei
mas o que mais gostei
foi do sushi que provei
à beira mar
à beira mar
V
a rotina é dura mas não dura
seria bom seria bom
mas não seria
sempre vivemos no quase
sempre vivemos no quase
a verdade me deu um tapa na cara
agora eu to aqui
mas o céu tá chorando
domingo, 5 de março de 2017
Vida, Morte e Religião
agonia sufocada
solidão
e silêncio
estou preparado para o fim?
belo poente de pessoa
imortal?
qual o medo
qual o tamanho do medo
que poucos suportariam
sem a doce ilusão
da religião?
as mentiras são delicadas
intrincadas elaboradas
violentamente defendidas
mais bem protegidas
nossa religião
nosso consolo
tolices até bonitas
agonia de bilhões
sufocada
solidão e silêncio
quando as palavras não fluem
oh... porquê essas palavras não existem?
não conseguem
poderiam?
comunicar o que os olhos
cerrados ou num regalo
sabem
em silêncio
a religião é um refúgio dos macacos que sabiam demais
solidão
e silêncio
estou preparado para o fim?
belo poente de pessoa
imortal?
qual o medo
qual o tamanho do medo
que poucos suportariam
sem a doce ilusão
da religião?
as mentiras são delicadas
intrincadas elaboradas
violentamente defendidas
mais bem protegidas
nossa religião
nosso consolo
tolices até bonitas
agonia de bilhões
sufocada
solidão e silêncio
quando as palavras não fluem
oh... porquê essas palavras não existem?
não conseguem
poderiam?
comunicar o que os olhos
cerrados ou num regalo
sabem
em silêncio
a religião é um refúgio dos macacos que sabiam demais
Assinar:
Postagens (Atom)