quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Consonamos

Procuro em mim seus fragmentos Eis o que recolho: Tua ancas galopam de um lado ao outro vagarosamente enquanto se afastas Minha loba Olhando de soslaio Com um sorriso devasso no rosto Eu anjo de metal sobre o ronco do motor. Pura se estende tépida em lençóis limpos Seu cheiro me invade e forma um tufão dentro de minhas narinas Contido, expiro brasa e guardo o fogo no peito Tremendo lhe tomo pelas mãos Em furiosa calma te faço mulher Vibramos em sintonia Consonamos no amor e na paixão. Na aventura noturna rasgo montanhas fogos explodem no céu estrelas se movem lobos uivam e feras fogem nossa mágica molda o mundo. Juntos somos deuses. Mas buscando mais fundo, o fragmento mais banal é o que mais me comove, lembro mais do riso e da conversa na beira do lago e da conversa e do sim e do sim

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